curadoria de julho
curadoria de julho
Essa é a nossa seleção mensal dos últimos livros que acabaram de chegar, lemos pela primeira vez ou que relemos e amamos, independente da categoria.
Você pode vir buscá-los na nossa livraria ou pedir pelo WhatsApp. Enviamos para São Paulo e todo o Brasil.
Sem despedidas
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Autoria: Han Kang
Tradução: Natália T. M. Okabayashi
Editora: Todavia
Preço: R$ 84,90
ISBN: 9786556928005
Número de páginas: 272
Dimensões: A 20,8 cm / L 13,5 cm / P 1,6 cm
Categoria: Origens -
Romance assombroso e visionário de Han Kang, Prêmio Nobel de Literatura 2024, Sem despedidas nos conduz — com a mesma qualidade de seus livros anteriores, como A vegetariana e Atos humanos — a uma jornada emocionante à Coreia do Sul contemporânea e sua dolorosa história.
Mesclando imaginação e realidade, a narrativa acompanha Kyung-ha, uma escritora que sai de Seul para a ilha de Jeju — onde dezenas de milhares de cidadãos foram aniquilados entre 1948 e 1949 —, com destino a casa de sua velha amiga Inseon, para auxiliar a amiga hospitalizada com os cuidados de seu amado pássaro de estimação, deixado às pressas e sem assistência. Ali, Kyung-ha entra em contato com a história há muito enterrada da família de Inseon, entre sonhos e memórias, e um arquivo meticulosamente reunido que documenta o terrível massacre na ilha. Nestas páginas de beleza extraordinária, Han Kang compõe um poderoso manifesto contra o esquecimento e transforma um episódio de violência em uma celebração da vida, por mais frágil que seja.
O túnel
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Autoria: A. B. Yehoshua
Tradução: Tova Sender
Editora: DBA
Preço: R$ 89,90
ISBN: 9786558260332
Número de páginas: 432
Dimensões: A 21 cm / L 14 cm / P 3 cm
Categoria: Origens -
A tarefa parecia simples: ajudar a construir uma estrada no deserto israelense. O engenheiro Zvi Luria, na faixa dos 70 anos, aceitou-a para manter o cérebro ativo e não se render ao diagnóstico inicial de demência. No entanto, a jornada o conduz a uma família palestina que vive nos escombros do local, e o contato com essas pessoas provocará uma revolução em sua vida e na das pessoas próximas a ele.
Um livro acessível e cômico que, ao mesmo tempo, revela-se provocador e corajoso na maneira como encara as tensões de um país cujo conflito possui longa história que nem a enfermidade cerebral mais severa permite que alguém o esqueça.
Casas estranhas
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Autoria: Uketsu
Editora: Intrínseca
Preço: R$ 49,90
ISBN: 9788551013137
Número de páginas: 176
Dimensões: A 21 cm / L 13,5 cm / P 3 cm
Categoria: Origens -
Em um bairro residencial tranquilo em Tóquio, uma casa chama a atenção de um casal que está prestes a ter seu primeiro filho. A construção é relativamente nova, bem iluminada, perto de uma estação de trem, com entorno arborizado — à primeira vista, parece ser a opção perfeita. No entanto, um detalhe intrigante faz com que hesitem: no térreo, entre a cozinha e a sala, existe um espaço misterioso.
Em busca de explicações sobre o que pode ser aquilo, os potenciais compradores entram em contato com um escritor fascinado por ocultismo, acostumado a ouvir histórias de fantasmas e experiências estranhas. Auxiliado por um conhecido, especialista em arquitetura, ele se debruça sobre a planta baixa do local e logo descobre que, na verdade, a casa esconde outros pontos bizarros — portas duplas, quartos sem janelas, cômodos com disposições estranhas — que os fazem perceber que a situação é mais aterrorizante do que eles imaginavam.
O que será esse espaço misterioso, e por que ele existe? Quem seriam os antigos donos da casa, que desapareceram de forma tão repentina? Que coisas horríveis teriam acontecido ali? E seria realmente possível descobrir o segredo por trás de tudo? O escritor e seu colega não conseguem resistir ao desafio de ir atrás dessas respostas… Mas mal sabem que podem acabar se deparando com uma realidade macabra e inesquecível.
Sinais de nós
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Autoria: Lina Meruane
Tradução: Elisa Menezes
Editora: Relicário
Preço: R$ 59,90
ISBN: 9786550900243
Número de páginas: 76
Dimensões: A 19 cm / L 13 cm / P 0,4 cm
Categoria: Deslocados e descendentes -
Sinais de nós, de Lina Meruane, reúne as memórias da infância de uma menina que estuda em um colégio de classe alta na capital do Chile. Esse é o ponto a partir do qual, anos mais tarde, a narradora elabora e enfrenta seu passado, vinculado ao golpe militar de Augusto Pinochet, junto ao medo e o silêncio fantasmagóricos que persistem no presente.
O título sugere os sinais que as meninas não foram capazes de perceber: a ausência de colegas que deixavam de ir às aulas, o desaparecimento de pais ou a presença de agentes da Central Nacional de Informaciones na escola fazendo a segurança do neto de Pinochet. Mas também alude à maneira como o medo e o silêncio se implantaram inconscientemente na identidade coletiva, dando origem a sequelas que perdurarão para sempre. “O não saber nada, o não querer saber, cobria o país como um escudo e como o privilégio de ter sabido, mas preferido não saber.”
Passagem para o Ocidente
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Autoria: Mohsin Hamid
Tradução: José Geraldo Couto
Editora: Companhia das Letras
Preço: R$ 74,90
ISBN: 9788535930887
Número de páginas: 176
Dimensões: A 21 cm / L 14 cm / P 1,1 cm
Categoria: Deslocados e descendentes -
Uma história de amor e de esperança em meio à guerra. Eleito um dos dez melhores livros do ano de 2017 pelo jornal The New York Times e pela revista Time, entre outras publicações. Eleito um dos melhores livros do século XXI pelo The New York Times.
Numa cidade não nomeada, os jovens Saeed e Nadia iniciam um romance constrangido pelas pressões religiosas e sacudido pela crescente violência de uma guerra civil. Quando ouvem rumores da existência de portais clandestinos que levam a outros países, eles resolvem se arriscar numa aventura sem volta. Ao lado dos protagonistas, o leitor é levado aos mais diversos cenários geográficos e humanos, numa jornada vertiginosa e cheia de surpresas.
"Uma visão mágica da crise dos refugiados" é como o jornal britânico The Guardian definiu Passagem para o Ocidente. Por sua mistura singular de realismo e fantasia, bem como por sua prosa precisa e contundente, o livro foi um dos finalistas do Man Booker Prize e considerado um dos melhores de 2017 por publicações como o jornal The New York Times e a revista Time.
Você deu em pagamento…
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Autoria: Ghayath Almadhoun
Tradução: Alexandre Chareti
Editora: Ars et vita
Preço: R$ 58,00
ISBN: 9788566122244
Número de páginas: 168
Dimensões: 14 × 21 cm
Categoria: Deslocados e descendentes -
Você deu em pagamento o meu país, primeira antologia poética de Ghayath Almadhoun publicada no Brasil, apresenta 31 poemas de um dos mais importantes nomes da poesia contemporânea. Por meio de um universo poético marcado por um virtuosismo vertiginoso, que desafia os limites do próprio livro, Ghayath Almadhoun transgride as fronteiras do poema, da nação, do corpo e até mesmo do espaço existente entre o orador e o leitor. Esquivando-se de se tornar refém do sentimentalismo, e, para isso, buscando refúgio no surrealismo face à mais cruel realidade, o poeta nos leva à Palestina, à Síria, à Alemanha e à Suécia, reafirmando o que está em jogo para aqueles que não conseguem sair de seus estados de aprisionamento e sugerindo-nos que a esperança nada mais é do que uma parte intrínseca do absurdo da violência. Ghayath Almadhoun subverte o lirismo e vira a metáfora pelo avesso para expor, transformar e confrontar. O poeta escreve: “... nus senão pelos nossos sangues e os restos carbonizados dos nossos corpos, pedimos desculpas a todos os olhos que não se atreveram a olhar diretamente para as nossas feridas para não ficarem arrepiados, e pedimos desculpas a todos que não conseguiram terminar o jantar depois de terem sido surpreendidos pelas nossas imagens frescas na televisão...”
Traduzidos diretamente do árabe por Alexandre Chareti, os poemas que integram a presente edição, traçam rotas sinuosas entre cidades, ideias, amantes, locais de refúgio, zonas de guerra, fusos horários e até mesmo a própria História. Apontado pelo Frankfurter Allgemeiner Zeitung como o poeta que encontrou uma linguagem lírica adequada à guerra civil síria e à situação palestina, a poesia de Ghayath Almadhoun nos prende desde a primeira linha através de uma emoção explosiva.
Arruda e Guiné
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Autoria: Bianca Santana
Editora: Fósforo
Preço: R$ 79,90
ISBN: 9786589733638
Número de páginas: 200
Dimensões: A 20 cm / L 13 cm / P 3 cm
Categoria: Novos Mundos -
Arruda e guiné são plantas com frequência associadas ao continente africano em decorrência de seus usos litúrgicos nas religiões afro-brasileiras, muito embora não sejam nativas da África. Do mesmo modo, os saberes implicados no uso medicinal e mágico-religioso delas não foram transplantados para cá, mas se construíram nas trocas entre ngangas — feiticeiros — negros e pajés, no Brasil. Por isso, os itinerários etno-botânicos dessas plantas nos falam da atualização de um projeto de resistência negra. Se no contexto em que era constitucional dividir pessoas entre senhores e mercadorias, a arruda curou escravizados e a guiné “amansou” senhores, dando contornos de guerra ao massacre em curso, hoje, essas plantas atualizam o significado dos saberes tradicionais como ponto de partida do exercício de reinterpretar e imaginar a democracia.
Os textos de Bianca Santana reunidos nesta coletânea — apresentada pelo professor Edson Lopes Cardoso — foram escritos no calor dos acontecimentos e informam a respeito de diversos temas que figuraram nos noticiários brasileiros do período entre 2017 e 2022.
Entre os assuntos urgentes, a crise sanitária e a gestão da pandemia de Covid-19 são tópicos que se inserem em um projeto político comprometido com a desestabilização dos valores republicanos.
Já os enfrentamentos de povos tradicionais às constantes ameaças às suas terras retomam os conflitos da questão agrária e das relações raciais no Brasil. Ainda, a disputa em torno da PEC das Domésticas lança luz sobre a falta de letramento político e racial da nossa classe média.
Vistos em conjunto, os textos extrapolam o caráter inicial de registro dos acontecimentos e desempenham um papel formativo, refinando as percepções das dinâmicas entre presente e passado à medida que criam nexos entre notícia e processos históricos, sociais e políticos. E é a partir desse modo de comunicar, pensar, e formar que Santana reitera os sentidos éticos e políticos evocados primordialmente pela arruda e guiné.
A vontade de mudar
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Autoria: bell hooks
Tradução: Manu Quadros e Lubi Prates
Editora: Elefante
Preço: R$ 70,00
ISBN: 9786560080638
Número de páginas: 236
Dimensões: A 21 cm / L 13,5 cm
Categoria: Novos Mundos -
Em A vontade de mudar, bell hooks faz uma sentida declaração de amor aos homens — o que não significa que tenha se esquecido de tecer duras críticas à masculinidade hegemônica, analisando a fundo o abuso, a dominação e a violência exercidos pelos homens dentro e fora de casa. À diferença de outras investigações sobre o universo masculino, porém, aqui a autora considera que o xis da questão não está nos homens em si, e sim no patriarcado — ou melhor, no “patriarcado supremacista branco capitalista imperialista”, que, claro, tem sido implementado pelos homens, mas é sustentado também por mulheres, com prejuízos a toda a sociedade. Essa é a chave de interpretação em torno da qual bell hooks aborda temas como infância, trabalho, sexo, cultura, mídia, espiritualidade e, obviamente, amor, em busca do que denomina “masculinidade feminista”, que nos permitirá caminhar rumo à libertação.
Como nasce um miliciano
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Autoria: Cecília Olliveira
Editora: Bazar do Tempo
Preço: R$ 68,00
ISBN: 9786585984492
Número de páginas: 216
Dimensões: A 21 cm / L 14 cm / P 2 cm
Categoria: Novos Mundos -
Em um Rio de Janeiro dividido por territórios invisíveis, Cecília Olliveira, um dos principais nomes do jornalismo investigativo do país, desvenda a trajetória de Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Cabo Bené, homem que passou de policial militar a líder miliciano até ser executado junto com outros onze homens numa operação policial em Itaguaí, não por acaso, às vésperas das eleições de 2020. Com acesso exclusivo a documentos sigilosos, depoimentos inéditos e uma persistente investigação jornalística, a autora revela a complexa teia que transforma agentes do Estado em criminosos, expondo as alianças entre polícia, política e crime organizado que sustentam as milícias.
Do assassinato de Marielle Franco a eleições compradas, da expulsão de traficantes à cobrança de taxas de "proteção", o livro mergulha nas estruturas de poder que moldam a segurança pública fluminense há décadas e revela como esse fenômeno das milícias tem avançado com força pelo Brasil.
Mais que uma investigação sobre criminosos, este é um retrato perturbador de um Estado corrompido por dentro, onde a linha entre proteção e extorsão se dilui na falsa promessa de ordem. Como veremos, a milícia hoje não está à margem do poder, mas entranhada nele.
Um banquete tropical
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Autoria: Raul Lody
Editora: CEPE
Preço: R$ 60,00
ISBN: 9786554390507
Número de páginas: 264
Dimensões: A 22 cm / L 16 cm
Categoria: Comida de conforto -
O Brasil é rico nos seus sistemas alimentares, sendo uma das maiores cozinhas do mundo. Este livro oferece ao leitor um encontro com ingredientes, processos culinários e receitas de comidas e de bebidas, revelando em 78 artigos símbolos e significados que ampliam o paladar de cada alimento. Trata-se de um verdadeiro banquete da diversidade, da pluralidade do fazer, do servir e do comer, nos muitos rituais sociais da comensalidade, tanto no cotidiano quanto nas festas. As ilustrações foram especialmente realizadas pelo autor.
Brimos à mesa
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Autoria: Diogo Bercito
Editora: Fósforo
Preço: R$ 99,90
ISBN: 9786560001022
Número de páginas: 288
Dimensões: A 20 cm / L 13,5 cm / P 1 cm
Categoria: Comida de conforto -
Depois de Brimos: imigração sírio-libanesa no Brasil e seu caminho até a política (Fósforo, 2021), o jornalista e historiador Diogo Bercito volta a se debruçar sobre as influências árabes em nossa cultura. O foco, agora, são os temperos, pratos e gestos da comunidade árabe-brasileira e o papel central da comida na preservação da identidade na diáspora que fincou suas raízes no Brasil.
Em Brimos à mesa, Bercito — um dos principais especialistas em história e cultura árabe no país — lança mão do que os pesquisadores estadunidenses chamam de foodways, palavra que abarca a antropologia, a história e a sociologia da comida, para mergulhar nas maneiras de fazer as coisas e, por isso, em modos de existir.
A partir de extensa pesquisa histórica e entrevistas, ele dá conta de narrar não apenas a trajetória que fez da esfiha um dos quitutes mais populares do Brasil, mas também como as diferenças de paladar e a oferta de insumos no país tropical influenciaram os hábitos e os preparos, modificando receitas tradicionais como quibe, coalhada, charutinho de uva, salada fatouche e até o pão.
São muitos os ingredientes que povoam o livro e fazem dele uma história saborosa e repleta de casos anedóticos. Dos primeiros comércios de quitutes na região da rua 25 de Março, em São Paulo, e na rua da Alfândega, no Rio de Janeiro, às famílias por trás dos restaurantes Almanara, Arábia, Halim, Folha de Uva, entre outros, sem esquecer do fenômeno Habib’s, Bercito reconstrói a dimensão da culinária árabe em nossas terras.
Formação da culinária brasileira
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Autoria: Carlos Alberto Dória
Editora: Fósforo
Preço: R$ 94,90
ISBN: 9786589733324
Número de páginas: 264
Dimensões: A 20 cm / L 13,5 cm / P 2 cm
Categoria: Comida de conforto -
O que constitui a culinária brasileira? Quais são suas bases histórico-sociais?
Combinando erudição e clareza, sólida pesquisa e estilo polêmico, Carlos Alberto Dória apresenta em Formação da culinária brasileira a trajetória de nossa cozinha desde os tempos coloniais até os dias de hoje. Uma surpreendente história do Brasil à mesa emerge de ensaios que propiciam tanto ao especialista quanto ao leigo uma nova visão sobre os ingredientes, as técnicas culinárias e os processos sociais que levaram à criação dos hábitos alimentares e dos pratos nacionais.
Clássico do gênero no Brasil, o livro ganha nesta nova edição da Fósforo um prefácio inédito da chef Helena Rizzo. E se encerra com um conjunto de propostas para a renovação da nossa gastronomia em que o autor relaciona as qualidades que podem garantir a ela um futuro vigoroso.
Como se come uma manga
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Autoria: Paola Santos
Ilustrações: Juliana Perdomo
Tradução: Janette Tavano
Editora: Carambaia
Preço: R$ 69,90
ISBN: 9786554610902
Número de páginas: 40
Dimensões: A A 27,5 cm / L 22 cm / P 0,9 cm
Categoria: Primeiros encontros -
Carmencita não gosta de mangas. Acha que elas são melequentas e deixam fiapo nos dentes. Quando Abuelita pede sua ajuda para colher os frutos do quintal, a menina faz cara feia. Até que um dia, a avó lhe conta um segredo: existe um jeito certo de comer uma manga.
Com calma e sabedoria, a Abuelita ensina Carmencita que, para saborear a fruta, deve-se seguir cinco passos. Começa pelo ouvido: é preciso escutar o vento batendo nas folhas da mangueira; depois, sentir os galhos e raízes, tocar e cheirar a fruta com atenção. E por aí vai. Em cada etapa, avó e neta saboreiam os presentes que a Mamá Terra oferece e mergulham nas lembranças afetuosas da família e de sua cultura.
Inspirada na infância da autora Paola Santos na Venezuela, Como se come uma manga é uma celebração aos cinco sentidos, à natureza, aos vínculos familiares e às heranças culturais que atravessam gerações e fronteiras. Sem excesso de sentimentalismo, o texto potente é acompanhado dos vibrantes desenhos da ilustradora colombiana Juliana Perdomo, que convidam o leitor – de todas as idades – a valorizar as lembranças, os cheiros, sabores e sons do presente e do passado, e a valorizar o que a natureza nos oferece.
Como se come uma manga saiu no final de 2024 nos Estados Unidos já recebeu várias distinções: selecionado entre os melhores livros para crianças pela Biblioteca Pública de Chicago e pela de Nova York, está na lista dos 100 Best Multicultural Picture Books of 2024 (Colours of Us), entre outras distinções. Tem como público-alvo leitores de 4 a 8 anos.
Era uma vez en la Fronteira…
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Autoria: Douglas Diegues
Ilustrações: Ricardo Costa
Editora: Edições Barbatana
Preço: R$ 48,00
ISBN: 9788564155282
Número de páginas: 48
Dimensões: A 20 cm / L 5 cm
Categoria: Primeiros encontros -
Dizem que os contos que compõem Era uma vez em la Fronteira Selvagem foram primeiro ouvidos na fronteira do Brasil com o Paraguai e somente depois escritos. São, ao que tudo indica, os primeiros contos infantojuvenis escritos em portunhol.
Seu autor foi amigo de Manoel de Barros e é, ele próprio, um poeta premiado e estudado pela academia. Douglas Diegues vive na fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai, ou Fronteira Selvagem, como ele diz, e escreve com grande riqueza em Portunhol Selvagem, defendendo assim que uma língua não existe apenas por ser um idioma oficial, de Estado, mas existe na medida em que existe como fala e escrita.
“Tomara que las crianzas também descubram que nos existem línguas superiores nem línguas inferiores, porque todas las línguas têm sua beleza”, diz Douglas.
O livro é composto por 7 contos fantásticos, em que personagens da fauna e da flora da Fronteira interagem e nos fazem perguntas filosóficas que, de tão formatados que vamos nos tornando, muitas vezes não conseguimos responder. Um exemplo? “Por que la banana tem la forma curva?”
Delirantemente ilustrada por Ricardo Costa, a obra contém Apresentação de Xico Sá, que em dado momento nos diz: “Como é gostoso o meu Portunhol Selvagem! Com essas ilustrações do artista Ricardo Costa, a gente vê a vida com o filtro ideal para as viagens inesquecíveis”.
“El Portunhol Selvagem es como um solzinho escondido dentro da gente”, explica Douglas Diegues. Como se diversão precisasse de explicação. “A graça do Portunhol Selvagem”, acerta Xico Sá, “é a pequena felicidade da surpresa. Aquele presente, o riso do inesperado, que belo susto”.
Venha conhecer também o Portunhol Selvagem.
Palta
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Autoria: Vitor Nunes
Ilustrações: Miru Brügmann
Editora: Quatro Cantos
Preço: R$ 52,50
ISBN: 9786588672327
Número de páginas: 48
Dimensões: A 21,5 cm / L 15,3 cm / P 0,6 cm
Categoria: Primeiros encontros -
Na escola Ipê Roxo imperam a disciplina e a austeridade, e não ocorrem trocas humanas e culturais entre os estudantes. Mas uma professora substituta desafia o status quo.
Em 2020, o número total de bolivianos e bolivianas que imigraram para a cidade de São Paulo, depois de deixar seu país natal, chegou a 75 mil, tornando-se o maior contingente de estrangeiros que chegaram à cidade.
Essa grande presença de famílias vindas da Bolívia faz com que cerca da metade dos alunos estrangeiros matriculados na rede de ensino básico da capital paulista seja de bolivianos.
A experiência e a vivência de Vitor Nunes, professor que conviveu diariamente com essas famílias imigrantes, o levaram a escrever Palta, uma história de acolhimento, trocas humanas e culturais.
Bichos de nuvem
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Autoria: MarceloMoutinho
Ilustrações: Luci Sacoleira
Editora: Pallas Mini
Preço: R$ 58,00
ISBN: 9786586983524
Número de páginas: 40
Dimensões: A 20,5 cm / L 27,5 cm / P 0,5 cm
Categoria: Primeiros encontros -
Esta singela história é sobre Dora, uma menina que adora olhar para o céu e apreciar os bichos que se formam nas nuvens. Seu pai não consegue olhar e enxergar como ela. Mas aos poucos, os dois vão descobrindo juntos uma forma de olhar, sentir e brincar com as nuvens.
Terceiro livro infantil do premiado escritor carioca Marcelo Moutinho, com inusitadas e criativas ilustrações da cearense Luci Sacoleira.
Sulwe
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Autoria: Lupita Nyong'o
Ilustrações: Vashti Harrison
Tradução: Rane Souza
Editora: Rocquinho
Preço: R$ 89,90
ISBN: 9786589642084
Número de páginas: 48
Dimensões: A 21 cm / L 26 cm / P 3 cm
Categoria: Primeiros encontros -
Coleção Orgulho de ser eu (desde pequenx) SULWE TEM A PELE DA COR DA MEIA-NOITE. Ela é mais escura que todos de sua família. Ela é mais escura que todos de sua escola. A Sulwe só queria ser bonita e cheia de luz como sua mãe e sua irmã. Quando ela menos esperava, uma jornada mágica no céu da noite abriu seus olhos e fez com que tudo mudasse. Sulwe significa estrela, daquelas que aparecem no céu da meia-noite. E quem não gostaria de ter um nome desses e de brilhar feito astro celeste? Para Sulwe nada disso tinha importância porque ela não tinha amigos e alguém sem amigos não é nem um pouco feliz. O que Sulwe queria mesmo era brilhar como outro astro: o sol, radiante feito a luz do meio-dia. Entristecida por ter a pele escura feito noite, a menina não se parecia com ninguém de sua família e as outras crianças zombavam dela apelidando-a de nomes que a aprisionavam em sua pequena redoma de insatisfação. Decidida a clarear sua pele, Sulwe tentou de um tudo: a maior borracha que tinha, alimentos de cor clara e até a maquiagem de sua mãe. Após não ter sua oração atendida por Deus, a menininha abre seu coração para sua mãe que apresenta a ela a mais bela história sobre ter orgulho de si mesma. Já que seu nome significa estrela, seu brilho e beleza estavam nela própria. Sua mente e seu coração eram os responsáveis pela real beleza que ia além do que o espelho mostrava e do que os olhos dos outros enxergavam. A pequena estrela entendeu que sua beleza é única. Sentiu-se radiante e forte para enfrentar o que quer que fosse pois sabia que seu brilho era capaz de levá-la a qualquer lugar. E se ainda assim ela precisasse se lembrar de sua força, bastava olhar para o céu no momento mais escuro da noite para ver a si mesma.
A primeira coisa que existiu
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Organização: Bruna Beber e Fabrício Corsaletti
Ilustrações: Furmiga, Gabriel
Editora: Baião
Preço: R$ 54,90
ISBN: 9786585773904
Número de páginas: 64
Dimensões: A 20,8 cm / L 13,5 cm / P 0,5 cm
Categoria: Primeiros encontros -
Uma reunião de vinte poetas que fazem como ninguém esse pequeno feitiço de palavras chamado poesia acontecer. Com desenhos de Gabriel Furmiga e organização de Bruna Beber e Fabrício Corsaletti, a coletânea reúne nomes como Arnaldo Antunes, Eliane Potiguara, Ana Martins Marques, Chacal, Gregorio Duvivier, Miriam Alves e Ledusha Spinardi.